PRIORIZAR GORDURAS PODE SER TÃO BOM PARA O CORAÇÃO QUANTO REDUZIR SEU CONSUMO
A
discussão sobre qual dieta é
mais saudável para seguir é infinita. Atualmente, protocolos que restringem carboidratos estão em alta,
mas, para colocar um ponto final nessa briga, pesquisadores do Centro
Médico Beth Israel Deaconess, nos Estados Unidos, se dedicaram a
estudar como uma rotina rica
em cada macronutriente pode afetar a saúde do
coração.
O estudo foi publicado no periódico Journal of Cardiology. Para
as análises, foram avaliados dados provenientes do Optimal MacroNutrient Intake Trial to Prevent
Heart Disease (OmniHeart) de mais de 150 indivíduos, acima de
53 anos e com pressão elevada, entre os períodos de abril de 2003 e junho de
2005. Nenhum dos pacientes eleitos tomava medicamentos para hipertensão ou
colesterol.
Tendo
em vista que os nutrientes base das alimentação são
carboidrato, proteína e gordura, os estudiosos
distribuíram três tipos de dietas entre os participantes, que deveriam
segui-las durante seis semanas. A primeira era rica em carboidratos complexos e
integrais, optando sempre por açúcares naturais
dos alimentos, cereais e amidos. Já a segunda e a terceria eram mais parecidas
com os protocolos em alta nos dias de hoje, como o low carb e o cetogênico: uma delas era
baseada em proteínas, com o consumo de itens como os pães em apenas 10%,
enquanto a outra oferecia gorduras insaturadas, que são as consideradas boas,
presentes em alimentos naturais como oleaginosas, azeite, abacate e
alguns peixes.
Para os que acreditam que o carboidrato é o grande inimigo da saúde, os
resultados são surpreendentes: após o final do estudo, a execução das três
dietas resultou na redução das lesões cardíacas e inflamações, sendo impossível
apontar um regime sobressalente, uma vez que os benefícios para o coração foram
equivalentes.
É
importante notar que, nas três recomendações, foram priorizados alimentos
naturais, evitando processados e refinados, as chamadas gorduras ruins e outros ingredientes que podem
causar inflamações no organismo. Isso significa que, ao contrário de que muitos
pensam, optar por produtos saudáveis é mais importante do que a prevalência de
um macronutriente na dieta. Além disso, os resultados comprovam que os
benefícios de comer bem podem trazer resultados rápidos.
Também deve-se lembrar que o estudo se concentrou em analisar apenas a
saúde do coração. Não foram levados em conta dados como emagrecimento, que deve ser feito
com auxílio de um profissional, responsável por equilibrar o número de calorias
e a quantidade dos nutrientes ingeridos.
Fonte: Casa e Jardim
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